quinta-feira, 9 de setembro de 2010

No amanhecer do teu olhar...


Quando a manhanita de setembro desponta
meus olhos abrem com jeito de campo
e mesmo aquelas velhas histórias que me avô conta
não são tão clássicas quanto o modo o qual eu te amo.

A grandeza desse pampa
faz com que eu me perca mirando ao longe
e quando o quero-quero alerta com o seu canto
eu sinto que estou certa quando digo que te amo ontem menos que hoje.

Um amor bem campeiro
de causar inveja até nos mais maleva
quando te fuzilo com meu olhar matreiro
é como se meu coração dissesse: me leva!

Eu te lacei de forma certeira
e mesmo te vencendo no cansasso
serei sempre, desse jeito, caborteira
mas se tiver que brigar com o mundo por ti : eu faço!

Se achega a semana farroupilha
a pilcha pronta e o coração emocionado
eu mais uma vez preparo minha tropilha
que não é de pingo, mas de amigos... e meu guasca apaixonado.

E lá vamos nós de bombacha e lenço bem atado
um mate na mão escorado, e uma alma toda serena
um amor com tentos foi trançado, e na luz da lua jurado...
não importa qual cor seja a crina, pra sempre serei tua morena!
 

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