segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Faxina...

Limpando a poeira desse blog que ficou às moscas por algum tempo.

Mas tem causa. Eu estava lavando a alma e secando ao vento... porque sinceramente, secar de outra forma não me chama a atenção.

Eu havia ligado o alerta nas últimas semanas. Estava como uma pista vazia esperando aviões... esperando qulaquer coisas que se pudesse sentir... tantos sentimentos, e vontade nenhuma de sentí-los.
Toda perda é dolorosa... todo tombo, todo adeus, toda resposta inacabada, todo copo pela metade. E na cabeça aquela velha pergunta... será que alguém sente o mesmo que eu? será que a pessoa que eu sinto saudade, sabe o que significa essa palavra? Será? e aí? Será - odeio essa palavra.

Pior do que um não... é um talvez. O "não" mata pela raiz... o "talvez" corta a mão da gente, mas um dedinho por vez. Pior do que esquecer, é maquiar as cicatrizes. O quarto parece falar, o travesseiro pergunta, o colchão questiona... até as paredes - malditas teimosas - ficam a balbuciar palavras bem baixinho... com uma curiosidade felina.

E aquilo vai queimando por dentro, os raios de sol parecem exorcizar e matar tudo aquilo que é velho demais para se chamar presente. O porre passa, e fica a dor de cabeça! Afinal de contas, por qual motivo eu fui beber tanto você? Me embriaguei, atontei, me perdi... e fui obrigada a vomitar pra ver se conseguia voltar a respirar. Pelo menos o sufoco passou. E fica o vazio... e nesse vazio, um desejo grande de ser preenchido.

Que desritmia que me encontro! Passa um dia, uma noite, várias madrugadas... feriados, festas infantis, batizados, domingo qualquer, show, festa, tardes de chuva, rios correndo, garrafas de água esgotando, erva lavando, baile... o mundo continua girando, e eu continuo fazendo tudo isso, como sempre fazia... mas agora sem você. E estupidamente me pergunto se gostaria de estar perto, ou se assim está melhor.

Deixa o tempo passar, os vagões vão girando...


"... Socorro alguém me deu um coração, e esse já não bate e nem apanha ..."

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