quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

De tu florecita...

Por ele invernei uma saudade
Trancei tentos em meados da solidão
Por ele eu plantei uma esperança
No solo morto de um triste coração


Por ele cavalguei fletes alados
Levei nos peçuelos, os desejos dos amantes
Vaguei pela pampa...

Por ele cevei mate nas auroras
Morri aos poucos a cada amanhecer
E renascia em acordes de milongas
Na ilusão de nunca lhe perder

Por ele mudei o rumo dos ventos
Em muitos janeiros tremia de frio
Feito uma louca mandava mensagens
Em garrafas navegando pelos rios

Por ele a poesia cantou triste
O violão chorou desafinado.
E bateu serenatas nas janelas
Para encontrar um coração roubado

Por ele me apaixono todo dia
Um amor febril, que nem sei direito,
Sei que a alma é maestrina campesina
Das calhandras que eu trago no meu peito.

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